Capitalismo;
O que é o Capitalismo?
O Capitalismo é um sistema que se desenvolve a partir da crise do feudalismo. Assim, foi marcado, o princípio, pela livre concorrência e pela livre iniciativa, ou seja, qualquer indivíduo teria a liberdade para realizar seu próprio negócio .
De início, o mercado, ou seja, o jogo entre a oferta e a procura de bens e serviço, regulava a economia. Uma vez havendo a apropriação individual dos meios de produção, a sociedade se caracteriza pela existência de classes sociais, sendo a burguesia formada pelos proprietários desses meios e o proletariado, constituída pelos trabalhadores que, em troca de salário, cedem suas forças de trabalho aos capitalistas burgueses.
História do Capitalismo
O capitalismo moderno e, segundo muitos economistas, mais próximo do ideal, começa com a Revolução Industrial e as chamadas revoluções "burguesas", marcadamente a Revolução Gloriosa inglesa, a Independência dos EUA e a Revolução Francesa. Certos autores, como Braudel, defendem, no entanto, que o capitalismo remonta à expansão da economia-mundo durante o Renascimento.
A propriedade privada já existia nas tribos judaicas. A Torá apresenta diversos exemplos. Os regimes teocráticos, por outro lado, seguiam um modelo mais próximo do feudal, com todas as terras pertencentes ao rei, e os seus súditos trabalhando nelas. O Código de Hamurabi também apresenta evidências da instituição da propriedade privada, o que faz crer que a existência de propriedade privada se confunde com a própria história.
Na pré-história as pessoas comumente viviam em pequenas tribos nômades de caçadores e coletores e não desenvolveram a instituição da propriedade privada, porque todos se conheciam e formavam laços de confiança. Contudo, existiam distinções de propriedade entre as várias tribos.
Com o crescimento populacional, o desenvolvimento da agricultura, a criação das cidades e o aumento da divisão de trabalho, os seres humanos passaram a viver em sociedades maiores, nas quais era necessária uma organização da produção por relações interpessoais envolvendo muitas pessoas. Com isso foram elaboradas leis para reger as relações interpessoais entre pessoas que não se conheciam.
Posteriormente, com o desenvolvimento dos transportes terrestres e marítimos, e sedentarização das populações, houve o advento do comércio internacional. As principais nações comerciantes eram as cidades-estado gregas, com destaque a Atenas durante os séculos V e IV a.c. — foi nesta cidade que o primeiro sistema bancário foi inventado. Contudo, a existência de um grande número de escravos não permite-nos afirmar que eles desenvolveram a instituição da propriedade privada em um grau tão avançado quanto o do capitalismo moderno já que a escravidão é uma violação do direito de propriedade privada.
O Império Romano, por sua vez, era caracterizado pela liberdade relativa do comércio e da produção até o final do século III. A partir dessa data a implantação de controles de preços pelos imperadores surprimiu a liberdade econômica do Império. Segundo o historiador econômico Peter Termin, a economia do Império Romano tinha instituições capitalistas quase tão avançadas quanto as da Inglaterra no início da Revolução Industrial. Com o declínio e queda do Império Romano e invasões das tribos bárbaras, a organização social volta a tomar feições tribais, até a Baixa Idade Média.
O Feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela epidemia da Peste negra(Peste Bubônica)que dizimou 35% da população européia e pela fome que assolava o velho continente. Já com o comércio reativado pelas cidades estado italianas, a Europa passou por um relativo desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas (voluntárias) aumentaram. Na Idade Moderna, a realeza expandiu seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo, doutrinas anticapitalistas. Dentre os defensores deste modelo político-econômico, temos os filósofos Jean Bodin("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli ("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação"). Com o Absolutismo e com o Mercantilismo, o Estado continuava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais(metalismo)através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole.
No século XVI, surge a Escola de Salamanca, conjunto de idéias de teólogos espanhóis que deram as primeiras idéias de uma economia capitalista liberal. As idéias de propriedade privada como moralmente neutra já se encontravam no pensamento católico europeu desde Tomás de Aquino.
Mas foi somente com as revoluções liberaís da Idade Moderna que o capitalismo se estabeleceu como sistema econômico predominante, pela primeira vez na história, nos países da Europa Ocidental. Algumas dessas revoluções foram a Revolução Inglesa (1640-60, Hill 1940), a Revolução Francesa (1789-99, Soboul 1965) e a Independência dos EUA, que construíram o arcabouço institucional de suporte ao desenvolvimento capitalista. Assim começou a era do capitalismo moderno.
A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, causada pela implantação do capitalismo, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento). Surgem as primeiras teorias econômicas modernas: a Economia Política e a ideologia que lhe corresponde, o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith, um dos fundadores da primeira e adepto do segundo, publica a obra Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações.
As Quatro Fases Do Capitalismo:
*Pré-capitalismo - Período da economia mercantil, em que a produção se destina a trocas e não apenas a uso imediato. Não se generalizou o trabalho assalariado; trabalhadores independentes que vendiam o produto de seu trabalho, mas não seu trabalho. Os artesãos eram donos de suas oficinas, ferramentas e matéria-prima.
*Capitalismo Comercial - Apesar de predominar o produtor independente (artesão), generaliza-se o trabalho assalariado. A maior parte do lucro concentrava-se na mão dos comerciantes, intermediários, não nas mãos dos produtores. Lucrava mais quem comprava e vendia a mercadoria, não quem produzia.
*Capitalismo Industrial - O trabalho assalariado se instala, em prejuízo dos artesãos, separando claramente os possuidores de meios de produção e o exército de trabalhadores.
*Capitalismo financeiro - Fase atual. O sistema bancário e grandes corporações financeiras tornam-se dominantes e passam a controlar as demais atividades.
Capitalismo atual
Grandes empresas do mundo passaram a oferecer fortes benefícios a seus empregados, antecipando a ação de sindicatos e governos.
Benefícios tais como: redução de jornada de trabalho, participação nos lucros, ganhos por produtividade, salários acima da média do mercado, promoção à inovação, jornada de trabalho flexível, flexibilização de jornada para mulheres com filhos, participação societária para produtos inovadores desenvolvidos com sucesso, entre outros.
Ao contrário do princípio do capitalismo, quando se acreditava que a redução de custos com recursos humanos e sua conseqüente exploração, traria o maior lucro possível, passou a vigorar a tese de que seria desejável atrair os melhores profissionais do mercado e mantê-los tão motivados quanto possível e isto tornaria a empresa mais lucrativa. No entanto, o número de funcionários que se enquadram neste modelo é insignificante diante de toda a massa trabalhista mundial, que em sua maioria ainda trabalha em condições muito precárias.
Capitalismo natural
Também chamado capitalismo verde, é a teoria de que preservar o ambiente, ser socialmente responsável, interagir na comunidade em que se está inserido traz satisfação aos clientes, diferencia a empresa em relação a concorrência e por consequência amplia os lucros para os acionistas.
Há uma tendência para adoção deste modelo em grandes empresas ocidentais, desde que tais medidas não prejudiquem a economia global, independentemente do mal que a degradação ambiental possa causar ao planeta.
Capitalismo chinês
Alguns autores acreditam que a República Popular da China se tornou uma economia capitalista, sendo reconhecida por muitos estados (inclusive o Brasil) como uma economia de mercado - portanto, capitalista.
Ao contrário das outras economias capitalistas, principalmente as ocidentais - que utilizam o livre mercado com pouca intervenção do Estado na Economia, a não ser para funcionamento do sistema - a China possui uma política de forte intervenção na economia e grandes restrições ao capital estrangeiro e com parte de sua economia planificada, uma espécie de "capitalismo de Estado".
Socialismo;
O que é?
O socialismo é um sitema caracterizado por uma economia centralizada e pela inexistência de classes sociais.
Por economia centralizada entende-se que o Estado orienta e planeja a economia, por meio de planos. È por mio desse mecanismo que são estabelecidos os preços dos produtos, o número de empregosa ser criado, a quantidade de bens a ser produzida, etc.
Uma vez que o Estado apropria-se dos meios de produção (fábricas, terras, minas, etc.), não há divisão de classes na sociedade e, portanto, pequenas são as diferenças sociais.
Críticas ao socialismo
Entre os principais críticos do socialismo encontram-se John Stuart Mill, Alexis de Tocqueville, Karl Popper, Eugen von Boehm-Bawerk, Ludwig von Mises, Friedrich Hayek e Joseph Schumpeter.
Popper dizia que o historicismo marxista não poderia ser considerado uma teoria científica, pois não é falsificável pela experiência humana.
Mises, em seu livro 'Socialismo' argumentou pela impossibilidade de um governo socialista de planejar racionalmente uma economia complexa. Sem uma economia de mercado, dizia Mises, não pode haver um sistema de preços baseado na oferta e demanda. Apenas o livre mercado informa à sociedade sobre a alocação mais racional dos recursos e do uso mais produtivo dos bens de capital.
Hayek escreveu em O Caminho da Servidão que qualquer tentativa de controlar a economia implica numa concentração de poder estatal e na diminuição da liberdade política. O socialismo terminaria sendo um sistema econômico em que um indivíduo ou grupo de indivíduos controla os demais membros da sociedade mediante a coerção e a compulsão organizada. Exemplos de governos totalitários nesses moldes foram a URSS, especialmente durante o regime de Josef Stalin, a China de Mao Tse-tung e outros experimentos na África e na Ásia. Em sua defesa os socialistas argumentam que esses países, apesar de se considerarem socialistas, nunca teriam aderido ao socialismo pois, na prática, ele nunca teria existido.
Partidos socialistas do Brasil
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU)
Partido dos Trabalhadores (PT)
Partido Popular Socialista (PPS)
Partido Socialista Brasileiro (PSB)
Partido da Causa Operária (PCO) .
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Um comentário:
ótimas explicações, porém faltou adicionar o Partido Comunista Revolucionário (PCR) à lista d partidos socialistas do Brasil. Abçs!
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